Quarta-feira

23 de novembro

16.00 Abertura das Jornadas Culturais “Ela” a cargo das professoras do departamento de português: Sandra Cruz e Ângela Nieto.

16.10 Conferência: Quem são as mulheres brasileiras?”

A cargo de Marta Orsini, jornalista e pesquisadora.

Já cantava Rita Lee no refrão da canção Pagu que “nem toda brasileira é bunda”. Apesar disso, a imagem das mulheres brasileiras, atrelada a corpos cheios de curvas e à ideia de uma enorme sensualidade, permanece no imaginário coletivo dentro e fora do Brasil. Para romper esse estereótipo e oferecer um olhar mais amplo a respeito da figura da mulher brasileira, daremos uma visão da mulher através do tempo. Desde as suas raízes, a miscigenação, passando pela escravidão, contemplando os aspectos econômicos, políticos e sociais que foram conformando a sua identidade até os nossos dias. Mais tarde, aproveitaremos a ocasião para apresentar o filme “Que horas ela Volta” e falar dos temas que nele aparecem, assim como da polêmica que suscitou no Brasil.

18.30 Filme: “Que horas Ela Volta?” (2015) de Anna Muylaert (v.o.) com legendas em castelhano.

Sinopse: Depois de deixar a filha no interior de Pernambuco e passar 13 anos como babá do menino Fabinho em São Paulo, Val tem estabilidade financeira mas convive com a culpa por não ter criado sua filha Jéssica. Às vésperas do vestibular do menino, no entanto, ela recebe um telefonema da filha que parece ser sua segunda chance. Jéssica quer apoio para vir a São Paulo prestar vestibular. Com alegria e ao mesmo tempo apreensão, Val prepara a tão sonhada vinda da filha, apoiada por seus patrões. Mas quando Jéssica chega, a convivência é difícil. Ela não age dentro do protocolo esperado para ela, o que gera tensão dentro da casa. Todos serão atingidos pela autenticidade de sua personalidade. No meio deles, dividida entre a sala e a cozinha, Val terá que achar um novo modo de vida.

Local: “Sala d’Actes”


Quinta-feira

24 de novembro

16.00 “Uma panorâmica da escrita feminina no âmbito lusófono.” A cargo de Elena Losada Soler, professora titular de literatura portuguesa.

A crítica feminista, especialmente a ginocrítica, ensinou-nos a visibilizar a escrita das mulheres e a procurar nela algumas perguntas: Quem sou eu? Quem sou eu no mundo? Como falo ao mundo? Se as perguntas são quase invariáveis as respostas são múltiplas, tantas como as escritoras que tentaram respondê-las. Esta palestra visa oferecer ao público uma panorâmica da evolução da literatura de autoria feminina no âmbito lusófono, das suas perguntas e das suas respostas, especialmente em Portugal e no Brasil, enfatizando no período contemporâneo. 

18.00 Filme: “Njinga”. Mulher. Guerreira. Rainha de Angola.

(2013)  de Sérgio Graciano. (v.o.)

Sinopse: Rainha dos reinos do Ndongo (ou Ngola) e de Matamba, Njinga (1583-1663) foi uma guerreira africana que durante quatro décadas tudo fez para poupar o seu povo ao destino cruel da escravatura, generalizada pelos europeus no séc. XVI. Corajosa e decidida, ela era filha do rei Kilwanji e irmã de Mbandi. Este, tendo-se revoltado contra o domínio português em 1618, foi derrotado pelas forças de Luís Mendes de Vasconcelos. Após vários anos de incursões portuguesas para captura de escravos, e entre batalhas intermitentes, Njinga conseguiu negociar um tratado de termos iguais, chegando a converter-se ao cristianismo de forma a fortalecer a confiança entre os dois povos, adotando o nome português de Ana de Sousa. Determinada a proteger os seus, ajudou a reinserir antigos escravos e formou uma economia que, ao contrário de outras, não dependia do tráfico de pessoas. Njinga faleceu aos 80 anos de idade, admirada e respeitada por Portugal, depois de uma luta corajosa contra a ocupação colonial, em defesa do povo mbundu.

19.30 Sorteio e entrega do prémio TAP Portugal aos alunos.

Local: “Sala d’Actes”

17-11-2016